Como me sinto... me descubro!

Me descubro absorta, repelida do mundo

Guardada nesses olhos tristes que me desabam

Presa ao meu sorriso falso onde me perco fundo!

Me descubro só, extremamente só na imensa imensidão

Nada me apavora, somente minha própria convivência

De viver comigo num respirar onde nem tenho chão.

Triste, muito triste! Da mais profunda das tristezas

Da cor que agora não me habita, não transita em mim

De não saber o que ser e só respirar que me é a tal certeza

Me descubro ausente de um afago que me leve

Ao dormitório dos sonhos que tanto aguardo

Me descubro no sem amor ou no amor de todo breve

Não quero brevidade no amor, quero riqueza em fim

E me descubro febril, incerta, confusa, autêntica...

De viver na vida de todo exilada de mim!

dhália
Enviado por dhália em 19/09/2006
Código do texto: T244511