DESILUSÃO CONCEDIDA

DESILUSÃO CONCEDIDA

Misturada aos espaços vagos

Do meu imenso campo da saudade

Procuro teus olhos, tua luz, teu toque

Encontro-os, mas não aqui, não agora

E não vem em minha direção

Flutuam como se a outro mundo pertencessem

A outro tempo, outra era, outro firmamento

E os meus passos, descompassados dos seus

Seguem pra longe, sempre pra bem longe

A agonia de te sentir aqui, escurece minha visão

Sufoca o meu coração, e me vejo só

Num abraço aos meus próprios braços

Segurando tão somente eu mesma

Com a calma disfarçada em desilusão concedida

Aceita, sem defesa, sem saída...

edna berta
Enviado por edna berta em 26/01/2005
Código do texto: T2467