VERSOS DESMEDIDOS

Porque fez assim...

Se naquela noite eu tivesse beijado

Não teria traído

E mesmo assim traí... Eu me traí...

Porque fez assim comigo?

Me deixou tão boba a te imaginar

Porque o destino fez assim com a gente?

Deixando aos poucos me apaixonar

Te apaixonando sem nada pensar

Se fomos tolos, a melhor tolice

Se fomos bobos, a melhor bobagem

Se tivemos um ao outro: a maior vantagem!

Se não precisou beijo: tempo perdido ou resguardado?

O melhor beijo ficou para os impossibilitados

Nunca para os arrependidos! Comprometidos.

E daí vem a questão, que compromisso?

Contigo? Comigo? Com o mundo? Conosco?

Quebramos regras, princípios...

Enterramos, fomos enterrados talvez

Mas vivemos: vivemos e felizes fomos

Ainda é cedo pra falar bem mais

Ainda é cedo pra refletir demais

É chegada a hora de esquecer os medos

É chegada a hora de guardar segredos

E depois quebrá-los como uma regra qualquer

Antes que quebrem a hora que quiser.

E eu quero assim, sem regra, sem métrica

Com ou sem rima, versos brancos ou pretos

Porque amar não tem medida

Sextilhas, Quadrantes ou Oitavas

Não é soneto nem cordel

Mas são sempre versos, é sempre poesia

Não tem hora, nem momento, nem dia

Tem motivos, tem inspiração, tem paixão

E basta! Estando eu cheia ou satisfeita, tanto faz.

Magna F. 2/06/2010 17:20hs

Magna Eugênia
Enviado por Magna Eugênia em 29/08/2010
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