Na maioria das vezes

Na maioria das vezes,

eu sou claro e focado ao redor,

posso manter os dois pés no chão,

posso ser simplesmente o pior.

Eu posso seguir sempre o mesmo caminho,

eu consigo até ler os sinais.

Na maioria das vezes

os meus gestos são banais.

Na maioria das vezes,

permaneço enquanto a estrada desenrola,

posso lidar com qualquer coisa que eu esbarre,

posso pular feito uma mola.

Posso fingir que não sinto nada

quando tenho vontade de chorar.

Na maioria das vezes,

eu sinto que isso não vai passar.

Eu não mudaria se pudesse,

posso fazer tudo combinar,

Na maioria das vezes,

eu finjo que posso me segurar

Sou capaz de lidar com tudo,

me estrepando até o osso,

Eu posso sobreviver,

eu sou carne de pescoço.

Mas na maioria das vezes

em que tento esconder o que me importa,

que não quero mais saber dela,

que a vida é do outro lado da porta,

eu me sinto como se fosse ninguém.

Na maioria das vezes,

depois de todos esses meses

eu só queria saber se ela ainda vem...

Paolo Gracco
Enviado por Paolo Gracco em 07/09/2010
Reeditado em 29/03/2013
Código do texto: T2484621
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