EXCESSO DE AMOR

Manoel Lúcio de Medeiros.

Venha! Invade-me, me toma e me doma! Modele-me de amor!

Exagere teus carinhos com frescor, ternura e ardor!

Esfregue teu corpo oferente e meigo no meu corpo incendiado,

Faça arrepiar-me de amor, de calor efebo! Meu tesouro propulsor!

Venha! Invade minhas fronteiras, com tuas pulseiras e teu brinco!

Venha! A terra é tua, coma o fruto! Abre a porta e fecha o trinco!

Não há limites no campo do amor, na liberdade nupcial!

Nem excesso na lua-de-mel, numa noite nua, crucial!

Não há excesso de amor, quando o coração ama e não nega fogo!

Quando as expressões são de carinho, são de ninho, sem o logro!

Afague-me, aperte-me no tronco, sou tua árvore perfumada!

Dorme em minha sombra, a terra é nossa cama, minha amada!

Quero ouvir as expressões da tua alma delirando!

Murmurando em tua linda boca, como uma harpa a tocar!

Quero abraçar-te, afagar-te, beijar-te e tocar-te, sim amando,

No delírio da paixão que me afoita, que me açoita!

Quero que te entregues aos meus passos, aos meus braços!

Como quem se perde numa noite seresteira entre sons!

Quero na meiguice do teu dorso, usufruir o teu baton,

E sentir o odor da tua boca, feita louca neste tom!

Quero sentir as expressões da tua alma, sim com calma!

Quero embriagar-me no vinho do teu amor, do teu licor!

Quero cortejar as expressões deste teu corpo, num escopo,

Onde nem a vida e nem a morte, dominem o excesso do amor!

Venha! Comporta-se nos meus braços sem gramatiquice!

O amor é uma agenda de meiguice, princesa do meu peito!

Quero te domar além do mar, deitar-te no meu leito; fazer-te feliz,

Ao beijar teus lindos seios em desejos por mulher nutriz!

Direitos autorais reservados.

Malume
Enviado por Malume em 26/09/2006
Código do texto: T249475