Encontro de almas : O amor

Entre as almas regressas e dispersas

Encontram-se lívidos os mais lânguidos

Caminhos que percorrerem o parecer

Cheios de raiva, remorsos e desprazer

Nada além das viagens em que as almas se amam

E se dessas necessidades sentidas longe

Tão fugazmente percebidas e inesperadas

Nascem em um clarão de vontades

As almas que se amam e se enganam

E recebem um ao outro pelo mundo

Crescem floridas então vidas

Carícias feitas pelas mãos do destino

Que desprendem um após o outro

Os laços que atavam no tempo

Os velhos e recobertos olhares

Parecem transparecer ainda mais

Um movimento de repugnância para morder a carne

De pisotear nos anjos das mesmas almas

Que tocavam-se com cuidado e carinho

Mas que de todo acabaram-se no meio do caminho

A dúvida por meios permanece

Por que são essas mesmas vontades sentidas

De desejos mortos e massacrados

Que fazem reviver no lado esquerdo

A vontade de abraçar com força o outro

Lady Sophia
Enviado por Lady Sophia em 27/09/2006
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