ENAYAD
Princesa doce, linda, raio que cintila,
Rasga o véu escuro da noite, me ilumina,
Tenho comigo a foto do seu primeiro aniversário,
Estavas fadada ao brilho,
Dádiva perfeita da natureza,
Tens no nome a delicadeza de uma princesa,
Tens no peito a valentia de uma amazonas,
Percorro meus sonhos e vejo teus olhos,
São da cor do amor,
Teria o amor uma cor?
Claro anjo, o amor é verde,
Quero ver-te,
Sorverte-me em uma paixão insana,
Mas que gostaria de uma paixão sóbria?
De meu colo, agora estás em meu peito,
De um afago infante, repousas em meu leito,
Destino inefável,
Impossível separar almas fadadas em outras dimensões,
Impensável lutar contra essas sensações,
Seria como revolver o curso de um rio.
Penso em você a todo o instante,
Teus longos cabelos negros me aquecem nessas noites frias,
Espero com um desejo, com um raro sentimento,
Fazer-te feliz,
Tornar-te amada como nunca o fora,
Passar junto de ti,
Noites, madrugadas e tardes,
Te adoro,
Princesa Enayad.
Sérgio Ildefonso Mar/2003