AS MÃOS QUE ME FALTAM

Eu não choro de dor

eu sangro sem cor,

no frio que me faz

a falta do teu calor.

Eu me sirvo das explosões

do meu eu intempestivo,

para não fazer questão de estar vivo,

para existir sem motivo.

Eu me encharco de desespero

esperando tuas mãos

para me livrar do pior

e secar meu doente suor.

Eu me tranco e analiso

por que eu tanto te preciso,

e me respondo

e enfatizo,

que na tua ausência me impreciso.

RODRIGO NOVAL
Enviado por RODRIGO NOVAL em 22/09/2010
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