PARA SEMPRE POETA

a poesia é imortal.

ainda que eu morra,

ela continuará aqui :

irritando, inebriando,

louca de paixões.

permanecerá acesa

a chama do fogo humano.

todos os cenários

que um dia compuseram

o teatro das ilusões.

o que fazer ? recitar drummond ?

pegar o bonde ? fugir para minas ?

devo aceitar que, um dia,

o que foi um homem

será, tão-somente, poesia.

Mário Annuza
Enviado por Mário Annuza em 28/09/2006
Reeditado em 21/10/2006
Código do texto: T251549