NARCISA TAMBORINDEGUY

sublime dama,

dessas noites de boemia,

quando a lua se esquece de dormir

e o sol aquece o noturno dia.

iemanjá de todo o calçadão,

deusa da avenida atlântica.

os refletores apontam para ela,

mulher-reflexo de suas luzes.

mítica, mágica, maravilhosa,

pujante em sua beleza ímpar,

venerada em versos vândalos,

em poemas perdidos em sacrilégios.

símbolo eterno de copacabana,

menina de nossos olhos que nada vêem,

a não ser a feminilidade dela,

pantera de insanos desatinos.

seu nome e sobrenome exótico

percorrem a orla e as ondas,

em uma viagem mirabolante

no compasso musical das estrelas.

Mário Annuza
Enviado por Mário Annuza em 28/09/2006
Reeditado em 21/10/2006
Código do texto: T251551