Até Amanhã

De desejo de você

Treme meu corpo,

Arde em febre minha carne,

Sangro como de um ferimento profundo.

Em delírio pela culpa

Da ausência dos braços que curam tamanha dor,

Vejo fadas tentando salvar-me

Das garras dos demônios

Que sentenciam minha solidão.

Minha alma jaz

No vazio dos porquês sem respostas.

A dor do tempo não cumprido

Tira-me o sono;

Agora sou um movimento sem razão.

Falta-me sanidade.

Grito, choro, clamo por seu nome em silêncio;

Entre soluços de pranto

Entrego-me à penumbra da fadiga,

De um sono profundo...

Convencendo meu coração

Que trata-se apenas de um pesadelo.