Ao amor que permanece

Sejam minhas as mãos

Que percorrem caminhos

Que só a elas pertencem.

Sejam minhas as mãos

Que o façam por desejar

As trilhas conhecidas

E por nelas ver

Atalhos sempre novos

A desbravar.

Sejam meus, e para sempre,

Aqueles pensamentos

Que vão e vêm e da imagem,

Que é minha, fazem alento;

Que do meu rosto tecem

Mil encantos não fugidios

E paixões intensas

Que se sempre se recriam

E permanecem.

Que seja meu esse amor

Não volátil, não suspenso

Pelas tramas da incerteza;

Revestido pela doce

E infinita calmaria

De reconhecer-se inteiro

Naquele que se amou um dia,

E amá-lo ainda no presente

Fazendo do hoje, sempre.

Shirley Carreira
Enviado por Shirley Carreira em 26/09/2010
Código do texto: T2521247
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