Epiderme
Pano, que me cobre,
tecido em linha nobre.
Fita que me enlaça,
que me torna alfinete,
casa pobre em palacete,
E me abraça,
me enfeita
E me some.
Pano é seu nome.
Em sua fazenda
Seja eu algodoeiro arador.
Entrelaçando à mão a renda
Com tecido encantador
Me faça só seu,
seu linho,
seu brilho,
sua seda,
sua beleza.
Que meu nome seja calor
para aquecer o seu interior,
a pele que reveste meu amor.