Onde estão os diabinhos?

Que vontade é essa

que me dá quando foges?

Que me dá quando o verso

não quer fluir ou cantar?

Que desejo é esse

que nos toma de repente

e nos enlouquece sempre,

faz sorrir faz chorar?

Quem é que me atiça,

cujo canto realiza

e me faz suplicar?

Quem é que me inspira, enfeitiça,

faz arder a chama

essa vontade louca que há?

É o verso, é a prosa,

é a música ou devoção?

Ou é efeito de drogas,

de bebidas ou algum vício

sem catalogação?

Afinal todos temos um.

O que é então tudo isso

que escrevo sem dar por mim?

É de Deus, é do capeta...

ou são devaneios da Sophya

que quer apenas ser lida

compreendida ou nada disso?

Quem tiver a resposta,

por favor me comunique.