Amor errante

Vou por tuas correntezas,

Como barco sem destino,

Tal qual pirata clandestino

Que divaga em incertezas...

Há um oceano de promessas

E deleites de teu oásis puro,

Fiz do teu véu porto seguro,

Maior das minhas fraquezas...

Nos teus braços fiz morada,

Repousei no teu roseiral

Não ser mais um vendaval

Rumando pro eterno nada...

Quem nasceu pra ser errante

Nunca pode viver aportado,

Seu caminho já está marcado,

Ser só uma onda sussurrante

Vai e vem repentinamente

Como voraz lobo solitário

Para a lua oferta simplório

Amor tão devotadamente...

Espalhando aos quatros ventos

A todos os cantos do mundo,

Aquele uivo meio moribundo,

Mas repleto de sentimentos...

Joselito de Souza Bertoglio
Enviado por Joselito de Souza Bertoglio em 16/10/2010
Código do texto: T2559430
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