À espera...

O temporal cai, mas na minha janela

Só há um forte vento gelado

O céu obviamente denso, enquanto questiono,

pra que?

A água é viva e minha janela lânguida

Desprovida de uma lembrança presa às saudades

Amadurecida e lúgubre, sem chance de bem querer

Dominada pela chuva, preservando pouco,

geométrica verdade...

Enquanto o mundo sonha ali preso

(sem grandes méritos, nem maiores novidades)

A mansidão ‘introspecta’ do quintal

Encontra-me na imagem omissa do teu rosto

molhado, cínico e carregado dessa

estranha alegria intensa,

Uma contra-mão que me resta à espera...

De ti.

Shauara David
Enviado por Shauara David em 16/10/2010
Código do texto: T2560733
Classificação de conteúdo: seguro