A voz dos livros

Alimentação balanceada com palavras mantenha um corpo perfeito e sadio alimentando com as letras! E nesta esfrega o destino dita as regras. Eu a olhei com muito gosto, pois notei naquele rosto traços familiares. E quando sou visitado pelos tormentos uma boa leitura é o meu alimento.

Quando tenho algum caminho interditado, sempre tenho um bom livro ali na cama do meu lado. Quando sinto falta de um amor profundo, os livros abrem para mim as portas do mundo, quando as meninas dos meus olhos anseiam pela boca da noite o livro é o meu açoite e o café da manhã.

Não participei do mundo do teatro, só vejo meu auto-retrato na capa de um livro. Enquanto políticos despreparados pregam santinhos nos muros das cidades, um escritor sangue puro dá nome a uma universidade, o livro é tão envolvente, se iguala aos olhares dos adolescentes numa praia quente olhando os biquínis das moças.

O que dói na gente é quando não podemos dizer o que sente, é aí que os livros tomam frente. Engraxei os sapatos, descartei os ratos na busca da diferença entre o para sempre e o eternamente, continuo caminhando em frente.

Está nos livros o meu amor profundo, pois eles me dão azas para voar pelo mundo. Amo a solidão movimentada da cabeça e do universo de um escritor. Estou no trevo da filosofia embebecido pela democracia das palavras e das letras. O escritor anunciou seu amor aos quatro ventos e sua voz nos aquece igual a um abraço desprendido e quando as flores se encontram é aquela magia nasce até poesia as abelhas que o digam.