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MOTE: A CANÇÃO QUE NUNCA DIREI
Baseado na obra de Garcia Lorca


Cantarei sempre as tuas belas palavras
De forma que não as ouças
Elas residem no meu coração
Mas nunca  meus lábios as pronunciarão
São  espíritos de ansas cortadas
Para que se não possam deslocar
Seu piar será encovo e triste
Porque não podem clamar
Acabarão por soçobrar
E então libertos serão formas que voejam nos céus
E será infinito meu sonho
enleados nas belezas floridas
da natureza matizada suavemente perfumada
que inebria a primavera dos nossos corações
palpitantes a desafiar as forças  que os consomem
Aguas correntes frescas vibrantes
Banhando os dois amantes
Teus olhos nos meus negros e amados
Teu corpo no meu lavando o meu pecado
De sonhar contigo ambos sôfregos de querença
Na plenitude dessa ardência sublime paraíso
Sem horas sem onde nem quando
Apenas a ternura de amando
Na finitude de um canto de lábios cerrados e sonhos olvidados
De tta
19-10-2010
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 19/10/2010
Reeditado em 29/10/2010
Código do texto: T2566202
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