INLOVENTÁRIO

1.

nunca fui um poeta

de um único amor,

nunca fui

um poeta amado

o único amor

que fica

é o amor de pica

cuspindo porra...

nunca escrevi

o meu INLOVENTÁRIO

poético

erótico

de plurripaixões

que tivi

nos grilhões

da carne

nunca subi na vida,

nunca tivi nada

com nada

voltarei...

2.

às vezes,

o meu inferno

é INLOVENTAR demais

eu sempre INLOVENTEI demais

eu sempre

me apaixonei demais

eu sempre

me arrisquei demais

eu sempre

me emputeci demais

com minhas

paixões súbitas de vênus...

e,na verdade,

eu não sei até hoje

se foi bom ou se foi ruim...

Joelson Gomes da Silva

Joelson Gomes da Silva
Enviado por Joelson Gomes da Silva em 28/10/2010
Reeditado em 01/11/2010
Código do texto: T2583615