MEU EU VERDADEIRO!

“Eu faço versos como quem chora

De desalento...de desencanto

Eu faço versos como quem morre."

Manuel Bandeira (1886-1968)

Sinto nas flores

as tantas dores

dos meus amores;

folhas caídas

no chão, perdidas,

descoloridas...

Eu amo o mar

quando o luar

lhe vai beijar;

amo a beleza

da natureza,

amo a incerteza...

Amo teu ser

que posso ver

e não vou ter...

Eu amo a praça

onde ela passa

cheia de graça ...

Quero ser forte,

mesmo sem sorte

até a morte;

quero ser nobre:

isso não encobre

que sou tão pobre.

Eu sou tão rico

e quando fico

tão só, dedico

meu pensamento

pra alguém que o vento

faz meu momento

ser mais feliz;

a vida diz:

fui eu quem quis;

minha razão,

meu coração,

gritam que não...

Ricardo De Benedictis
Enviado por Ricardo De Benedictis em 19/06/2005
Reeditado em 18/12/2005
Código do texto: T25849
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