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Senil Sangrar

As pálpebras descansam rememoro as andanças íngremes esperanças, dos buscares cansados, sonhos galgados, alguns alcançados outros os quais nunca ousados, saudades do que não fui;

E os amores escassos estimulares dos passos, recordo os fiascos do não tentar farda cruz, sorrindo disfarço soluçares inatos, persistentes e entranhados, ainda guardo um retrato, em teu semblante eu me acho, na alegria de um passado, à felicidade me opus;

Desencontrei-me com teus rastros, nem vestígios na memória dos teus braços, o teu cheiro se diluiu em meio aos sãos fracassos, uma escolha que hoje implora este amor que não mais acho, em meu peito teu olhar jaz em pús venais pedaços, traí meu coração dor que me conduz;

Senil sangrar que não estanca, amei um sonho guardado nas vielas das lembranças, vivi amores não similares à bonança do desabrochar viril e que eternamente reluz, sentimento desprezado afiada lança a magoar o que era teu, remorsos crus.

O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas)
Enviado por O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas) em 07/11/2010
Reeditado em 11/02/2011
Código do texto: T2601358
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