Desenleio satânico.
Com toda desenvoltura,
Tiro de um quadro a moldura.
Para livres de enredos e mexericos ficar,
Aquela que tive a impressão de amar...
Era ela em um quadro ofuscado,
E a displicência ao lado.
Um brilho maior, uma emenda.
Quadro fajutor à pura inocência.
A minha menina dos cabelos brancos
Acoito-te de todo o encanto.
Em tua janela eu quero cantar
E seus lábios doces beijar.
Adaptaremos as cores,
Faremos muitos os amores.
Modificaremos o tempo...
Remendaríamos o vento, que há brisas separam os nossos corações.
Meu belo anjo mórbido e monumental.
Nosso amor é mofino, é escuro, é material... Desgraçado!
Rasgaria o meu coração,
Para ter-te em mãos.
Mogno é a moldura na parede;
Eu não agüento esses enfeites...
Esses que lhe prendem habilmente,
À guisa que sou elouquente.
Vamos beber o sangue da morte
O gume da espada será nossa sorte!
Ao guerrear essa jaula labiada...
Mas conseguirei minha amada!
A Morte das nossas morte...
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