Desenleio satânico.

Com toda desenvoltura,

Tiro de um quadro a moldura.

Para livres de enredos e mexericos ficar,

Aquela que tive a impressão de amar...

Era ela em um quadro ofuscado,

E a displicência ao lado.

Um brilho maior, uma emenda.

Quadro fajutor à pura inocência.

A minha menina dos cabelos brancos

Acoito-te de todo o encanto.

Em tua janela eu quero cantar

E seus lábios doces beijar.

Adaptaremos as cores,

Faremos muitos os amores.

Modificaremos o tempo...

Remendaríamos o vento, que há brisas separam os nossos corações.

Meu belo anjo mórbido e monumental.

Nosso amor é mofino, é escuro, é material... Desgraçado!

Rasgaria o meu coração,

Para ter-te em mãos.

Mogno é a moldura na parede;

Eu não agüento esses enfeites...

Esses que lhe prendem habilmente,

À guisa que sou elouquente.

Vamos beber o sangue da morte

O gume da espada será nossa sorte!

Ao guerrear essa jaula labiada...

Mas conseguirei minha amada!

A Morte das nossas morte...

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Belra Cross
Enviado por Belra Cross em 15/11/2010
Código do texto: T2615842
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