Vidraça - Parte II

Me deixa menina-de-lua,

encostar novamente

minha mão na tua.

O feriado já vem chegando,

chamando meu coração ardente

prum encontro contigo na rua.

Me deixa menina-de-lua,

deslizar de repente

minha línguia na tua.

E sorri sem mostrar o dente,

que é pra desmentir quem mente

que você andava tão crua.

Me deixa, menina-de-lua,

dizer simplesmente

que minha voz é tua.

E me diz em sotaque paulista

que esse amor ainda é latente.

Independente da hora do dia;

Independente da ferida nua.

William Telles
Enviado por William Telles em 19/11/2010
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