Vidraça - Parte II
Me deixa menina-de-lua,
encostar novamente
minha mão na tua.
O feriado já vem chegando,
chamando meu coração ardente
prum encontro contigo na rua.
Me deixa menina-de-lua,
deslizar de repente
minha línguia na tua.
E sorri sem mostrar o dente,
que é pra desmentir quem mente
que você andava tão crua.
Me deixa, menina-de-lua,
dizer simplesmente
que minha voz é tua.
E me diz em sotaque paulista
que esse amor ainda é latente.
Independente da hora do dia;
Independente da ferida nua.