ANJO DISTANTE

Anjo distante que há muito me encantou,

Onde estás que não respondes,

Os repetidos apelos do meu pobre coração?

Dançastes um dia, em minha imaginação.

Me encantando os olhos da alma,

E perfumando minha turvada visão.

Hoje representas, suave lembrança,

Que aos poucos se evapora em nuvens,

De plangente emoção.

Se um dia fui feliz vendo sua etérea imagem,

Ao som de romântica melodia,

Hoje sofro solitário por sabê-la distante.

Sinto uma lágrima morna, o meu triste rosto sulcar,

E uma brisa causticante, o meu coração assoprar.

As flores que de sua boca fluíam,

Com perfumes inebriantes,

Hoje só vivem em meus sonhos,

A velarem meus tristes instantes.

Gilberto Feliciano de Oliveira
Enviado por Gilberto Feliciano de Oliveira em 12/10/2006
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