A ESPERA QUE CONSOME

O pensamento viaja louco

A pele treme, sente arrepio

O falar desanda meio rouco

Alma sente por vez calafrio

O corpo grita, emudecendo

Nessa hora a verbo contorce

A voz soa em ais, gemendo

Então a tez pelo toque, torce.

A espera massacra gritante

Vontades que transbordam

Em corpo sedento, errante!

Mãos, lábios, suor, desejo

Baralham se no pensamento

Essa espera é um tormento!

Uberlândia MG

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 23/11/2010
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