A ESPERA QUE CONSOME
O pensamento viaja louco
A pele treme, sente arrepio
O falar desanda meio rouco
Alma sente por vez calafrio
O corpo grita, emudecendo
Nessa hora a verbo contorce
A voz soa em ais, gemendo
Então a tez pelo toque, torce.
A espera massacra gritante
Vontades que transbordam
Em corpo sedento, errante!
Mãos, lábios, suor, desejo
Baralham se no pensamento
Essa espera é um tormento!
Uberlândia MG