PRISIONEIRO DO AMOR

Quem és tu?

Quem és tu que consegues

manter-me aprisionado?

Tua teia envolveu-me

e não consigo libertar-me

do amplexo de teus braços.

Mas será que quero?

Será que quero ser livre

sabendo que significa

estar separado de ti?

Prende-me nas malhas do amor.

Deixa que me aperceba

do mundo através de ti.

Que os aromas da natureza

sejam filtrados pelo

teu cheiro de mulher...

que as cores do dia-a-dia

sejam visíveis através

de teus felinos olhos...

que os sabores dos alimentos

me cheguem através

de teus lábios carnudos.

Quero sentir o mundo

sendo parte de ti...

Sentir teu corpo suado de amor

como arbustos orvalhados

das carícias da noite...

Ouvir tua voz sensual

clamando rouca de paixão

como sons de tempestade...

Saborear cada ponto do teu corpo

como se fosse o único

fazendo-te suplicar...

Amar-te louca e apaixonadamente

Sintra, 30/07/2005

António CastelBranco
Enviado por António CastelBranco em 13/10/2006
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