Negros amores

Meus caminhos eu os acho em desluaradas noites,

quando a escuridão vem andar comigo ao léu do sereno,

amando os morcegos que voam à toa,

atrás dos amores negros e dos negros amores...

Máscaras cobrem minha face,

tenho circos em minhas mãos

e o teatro da libido em minha carne entrelaçado.

Sou um escritor apaixonado pela vida.

Nasci poeta e morrerei entre os versos,

caçando em minhas dores os alheios nexos,

sombreado pelas luzes das ribaltas,

ponde a canção me chora angustiada noutra canção deixada

e o meu coração adormecido peca disparado.