AMOR CORRESPONDIDO

Não tem segredos nem opulências,

Pois numa avalanche de encantos,

Como num despertar da primavera,

Vão surgindo os sentimentos da Alma,

E dois corações buscam se conhecer.

As emoções sem pressa e tão calmas,

Como uma criança que acorda do sono,

Vão surgindo dilapidando um amor oculto,

Que aos poucos vai tomando sua forma,

E o artesão propaga sua arte em silêncio.

Depois o amor toma forma tão perfeita,

Como um botão de rosa que desabrocha,

E mostrando suas pétalas perfumadas,

Espalha em dois corações apaixonados,

Seus dons para que amem com ternuras.

Nunca um amor pode ter múltiplas facetas,

Como se existissem atenuantes e veredas,

Pois para ser verdadeiro e sem disfarces,

Os protagonistas devem amar só com ternuras,

E assim corresponder à todos seus anseios.

Pode ser simples e não ter as opulências,

Dos que vivem para mostrar as aparências,

Pois o amor não escolhe os protagonistas,

E os que amam de verdade tem bondades,

Num carinho oculto ou na troca de olhares.

Apreciam um pôr do sól em toda majestade,

E a noite serena que vem surgindo devagar,

E as estrelas brilhantes piscantes até sorriem,

Pois sabem que um amor será correspondido,

Tendo a lua como testemunha de seus átos.

26-11-2010