Terno coração

Quando deito na cama

Lembro dos momentos de outono,

Da folhagem caindo...

De nossas mãos se unindo.

Se eu pudesse

Inventaria uma máquina do tempo,

Para viver momentos eternos,

Com seu carinho terno.

Seu gosto de mel

Intensifica-me,

Delira-me, me domina...

É a minha sina?

O tempo passa dolorido

Sem a presença de tua alma,

Teu perfume adocicado

Faz-me sair do lado errado.

Penso no teu abraço como proteção,

A chave exposta para o meu coração.

A alma que não jaz mais na penumbra

Agora presa no forte cofre da emoção.

Penso ser faíscas de uma paixão,

Que nasce debilmente

De uma grande explosão,

Das raízes, da pulsação.

Minhas entranhas ficam doloridas

Ao imaginar o ponto final,

No mal que se esconde nas avenidas,

No destino, afinal.

Não quero o fim

E sim que pétalas de rosa caiam em mim,

Com o cheiro do teu perfume...

O leve frescor de jasmim.

Pamela Faria
Enviado por Pamela Faria em 29/11/2010
Código do texto: T2643255
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