O CRAVO E A ROSA
(Sócrates Di Lima)
Basilissa, tu é a flor bela do meu jardim unitário,
Minha rosa azul.,
Eu sou o cravo solitário,
Caminhante de Norte a Sul.
Basilissa, tu é minha rosa vermelha,
Que repinta a minha alma nua.,
Eu cravo, nela se espelha,
Sob o olhar meigo da Lua.
Minha rosa vestida de amor,
Vestes que minha alma cobre.,
De tão bela,tu é minha única flor,
Que me deixa de coração nobre.
Na realeza do castelo que tu habitas,
O meu coração é teu leito de amor.,
Onde velo teu sono nas noites que me agitas,
A saudade tua, nas pétalas de minha flor.
Eu sou o cravo vermelho,
Misturado com as cores das rosas azuladas,
Cores que eu rabisco no meu espelho,
Para pintar nossas vidas em tantas cores misturadas.
Dá-me tua mão rosa minha,
Que o teu cravo se perderá no teu jardim,
Vem, junto a teu cravo caminha,
Seguindo tua rosa dentro de mim.
Não me perderei dos teus passos,
Nunca me perderei dos teus odores.,
Mistura-te nos meus braços,
Basilissa, meu jardim em flores.
Caminhantes, errantes ou não,
Tu e eu, na vida do antes e do depois.,
Cravo e rosa, atados pelo coração,
No amor perene, florido, dentro de nós dois.