Saia rodada...
Rodopie, baile à saia rodada,
ó devassa de mim,
gires envolta ao tempo do prazer.
No alpendre da tua loucura...
Mostra-me estas pernas roliças.
Embora o tempo, ainda sim rígidas,
ardentes, quentes, fatais.
Gire para que possa desvirginar,
Imbuir em tamanha loucura de posse.
Estas, as quais beijei, afaguei, mordisquei!
Cravei os dentes na minha fúria.
Contemplei em êxtase.
Sempre sentindo o odor do teu desejo.
Umedecidas pelo afã, pela tara do se dar...
Pise neste coração sombrio.
Sinta-o, viva o deguste do desejo.
Locuplete-se em penúrias de glamour...
Soluce ao sentir-me em tua alma.
Sinta-me!
Minhas mãos possessivas e intrusas, não descansam.
Sinta-me invasor da tua essência...
Renasça ao desfalecer...
Goze ao ver-me tocar-te fulgido obsessivo.
Rodopie, gire ao mundo...
Transceda saia rodada...
O Bruxo