Sentimentos guardados

Todo dia olho o sol

Acho que não preciso de coisa alguma

Mas lembro alguém

Conto histórias para o papel

Trabalho tanto e nada planto

Precipitações

O mundo depende

De luz e calor

Bem simples e prático

Penso que obedeço a mim mesmo

Porém sempre estrago o que começo

E esqueço que teremos uma outra manhã

A caneta no chão

A televisão ligada

A luz acesa

Caminho pelas ruas de Morfeu

Converso com desconhecidos

Sinto-me a vontade no outro lado

Um chicano sentado na porta da casa

Com um baralho de tarô

Pego uma carta e ele sorri

Sonhos começam no sofá

Durmo cansado na sala

Dizendo frases gordurosas

O amor não é algo sério

Entretanto o vazio cresce

E perfura os pulmões

Quero fugir da rotina

Da falta de esperança

Mas não posso tudo

Todo dia olho o sol

Acho que não preciso de coisa alguma

Mas lembro alguém

carlos assis
Enviado por carlos assis em 05/12/2010
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