O amor da princesa

No coração de uma princesa,

encontrei a delicadeza,

do sentimento de amor,

mesmo diante da dor.

Outrora, na Arábia você vivia

na abundância do trono e na companhia

de um príncipe soberbo e tirano,

muito egoísta e desumano,

que lhe fora designado em casamento

por imposições de interesses de momento.

A sua vida era faustosa e emoldurada

nas convenções, mas na intimidade torturada

por ciúmes doentío e por exigências

de atitudes de fingidas aparências.

Um dia, você que fora sempre resignada

estava na relva admirando a beleza da madrugada,

contemplando o sol nascente embevecida,

quando alguém se aproximou, e envolvida

em suave vibração você se virou

e seu olhar, um outro olhar encontrou.

Era um novo serviçal, um jardineiro

qe vinha trabalhar em seu primeiro

dia nos jardins do palácio real,

com muito entusiásmo pela tarefa inicial

Os olhos falaram o que as palavras não podiam.

Era a voz do amor que os dois ouviam

no imo da alma em doce melodia

unindo seus corações em perfeita harmonia

Os séculos passaram e essa recordação

permaneceu viva em ambos com emoção.

Mesmo com os percalços dos caminhos

povoados de sofrimentos e de espinhos,

as almas que um dia se amaram

tanto, e, por tantas estradas andaram

continuaram a se procurar e a se encontrar,

porque nunca deixaram de se amar.

Mario Antonio Reis
Enviado por Mario Antonio Reis em 10/12/2010
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