Na ilha
Um calo dói sem tocá-lo
Um roçar define o falo
Chato não ter minado
Naquele dia de regalo
O sol foi feito para tapá-lo
O pêlo para na língua ceifá-lo
O champanhe é para abrir sem estalo
O amor para amar sem babá-lo
Tomara não acabe em enfado
O tempo é minuto atrasado
Quimera da paixão cortada no talo
Naquela árvore tombada que eu vi
Estatelado na água marrom do rio ralo
Na ilha, na tarde quente de sábado.
publicada em www.chicosena.blogger.com.br