Desmedido amor
Desmedido amor, esse que invento.
Há um temporal em mim açoitando-me em repentes e 
o vento venta seu ventar em rodopios cortantes!
Prego os olhos na vidraça embaçada pelo nevoeiro que me consome e apaga minha visão do lá fora.
Aqui dentro, outra história se instala. Fico com um olhar parado no nada do amanhã que confisca meu querer do agora.
Eu só te oro! Busque-me em algum cantinho de ti! Deixa-me ver teu semblante sereno, moreno, calado, mas deixe-me ver tuas primeiras rugas.
Digas ao tempo que ele foi inimigo nos afastando tanto, e que em prantos, às vezes, te pegas a me pensar! Queria novamente te falar, nem que fosse prum novo afastar. Eu só queria saber estar em algum cantinho do teu pensar, mesmo que num flash num piscar.
Onde está tua respiração que reacendia meu coração provocava o calor do inferno abrasando minh’alma em chamas. Eras meu Sol se aleitando ao entardecer no vão do infinito. Faz tempo que o próprio tempo me deixou te esperando. Depois de tanto tempo, sofro, porque ainda te amo!
Edna Fialho
 
edna fialho
Enviado por edna fialho em 14/12/2010
Reeditado em 30/08/2012
Código do texto: T2670358
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.