Pedaços do meu setembro.

Eu não queria falar de amor,

Apenas do meu setembro...

Tornando presente essa ilusão mórbida que me envolve a cada dia.

Teria visto flores... Mas não é bem assim, não para mim.

Falando sério, eu queria! Queria poder falar de amor...

Mas Como? Por quê? Para que?

Eu sei lá o que é amor. Tão pouco me importa, e como importa.

O setembro é quão mais belo que um amor, de fundo de quintal.

Nele eu posso ver a cor dum alaranjado entre meus cabelos. Posso respirar o ar da companhia que ele me trás, posso amá-lo sem temer... E ainda mais, posso correr, sem ao menos ter aonde ir, mais ele sabe aonde vou.

Só ele!

Meu setembro, fiel e ao mesmo tempo ordinário.

Desculpa-me, você bem diz que não tem culpa, mas meu querido, eu também não a tenho... Eu posso xingá-lo de todas as formas, mas o que eu posso fazer, só tu consegues me entender, talvez essa seja minha raiva, ser entendida apenas por ti.

Desculpe mais uma vez, eu não devo falar disso, isso soa quase como um insulto. Eu te amo meu setembro. Dá sentido a essa lágrima, por favor... Se me bem quiser, se tu bem querer assim como eu te quero.

Séculos podem passar, o mundo acabar, mais sempre irá existi pedaços de mim em ti, faças deles todas as belas primaveras. Curve da solidão... Não, ou melhor acoite os solitários para que neles possam existir pedaços de setembros como os meus...

Belra Cross
Enviado por Belra Cross em 15/12/2010
Código do texto: T2674188
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