Soneto da Recordação

Sempre neste escuro vejo a vida

Bem desfeita tal nuvem branca

Cada vez mais escassa e despida

Nessa sangria que jamais estanca

Sempre que feliz senti a partida

Deixei as vestes em uma banca

Obtive orações de alma parida

Obscuro fui, senti e te vi mais franca

Vi-te mais cheia de vida que antes

Mais cheia de teus bons rompantes

Sentidos que julgou à rua perder

Saídos por não se poder merecer

Precisa, indescritível é tua trilha

Linda e despareada, a minha? Uma ilha.

Lord Brainron

lordbyron
Enviado por lordbyron em 16/12/2010
Código do texto: T2674801
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