Ainda
Eu ainda preciso me conhecer melhor;
Onde só o silencio convém-me,
Ainda conter o orgulho, tornado sangue;
Derrubar a ultima lagrima, conter-me,
Debruçar sobre a angustia e deleitar sorrateiro;
E tão ainda, ainda.
Como pares de capas, e de tão negras espécies,
No coração gélido meu, tão seu, que emerge;
Mas não da profundeza absurda, ela é grotesca,
Tão que eu preciso toldar, crio, saio, deito.
Já que o unico resguardo, óh fardo, óh criatura,
Que me enfesta, de tão pouco eu, tao nada, ingrata vida.
Que se manifesta, no tempo, nos teus olhos, na tua doçura.