Ainda

Eu ainda preciso me conhecer melhor;

Onde só o silencio convém-me,

Ainda conter o orgulho, tornado sangue;

Derrubar a ultima lagrima, conter-me,

Debruçar sobre a angustia e deleitar sorrateiro;

E tão ainda, ainda.

Como pares de capas, e de tão negras espécies,

No coração gélido meu, tão seu, que emerge;

Mas não da profundeza absurda, ela é grotesca,

Tão que eu preciso toldar, crio, saio, deito.

Já que o unico resguardo, óh fardo, óh criatura,

Que me enfesta, de tão pouco eu, tao nada, ingrata vida.

Que se manifesta, no tempo, nos teus olhos, na tua doçura.

Poet
Enviado por Poet em 19/10/2006
Código do texto: T268158