Soneto da Inconsequência
Sem destino roto ou maroto
Meu rio corre a passo largo
Ímpeto maior que um garoto
Não sabe ainda gosto amargo
Meu rio flui caudaloso, um boto
Habitante que me fornece afago
Sou um arremedo, um arroto
Não digno mas carrego e apago
Sem verdade, sem régras à cama
Tomo-te sem limites oh gentil dama
Deixo-te deita em meu destino
Mostro o direito de quem me ama
Confiro o nobre sentido e desatino
Passo largo ando, riso bom, riso fino.
Lord Brainron