Privada de Amar!



O meu amor parece estar adormecido,
como as manhãs desprovidas
do esplendor e sinfonia dos pássaros.
Parece ofuscado pelo conflito intenso
em que meus sentimentos se encontram.
É aquela sensação esquisita...
Não sei se é amor o que por ti sinto
ou apenas a reparação para esse emaranhado
que atormenta meus pensamentos.
A dúvida intensifica tantas interrogações
que se acumulam no meu pensar e sentir.
Talvez, essa carência contida,
a ausência de carinho,
as lembranças vividas,
tudo isso me faz vulnerável,
frágil, necessitando ser amada.
E, assim, deixo-me ser cativada,
presa fácil de se domar.
Mas...
Algo ainda me falta!
A dor amarga dentro de mim,
consumindo as raízes superficiais
nascida dessa história
que a viver estou agora.
Sei que não é amor!
Mas...
Se só ficar,
posso em instantes perecer,
ser levada ao abismo do medo,
da solidão, da impotência segregadora
de amar um outro alguém.
Melhor deixar ficar como está...
Ser amada
mas, PRIVADA DE AMAR!

Raina Vilanova
Enviado por Raina Vilanova em 21/12/2010
Reeditado em 11/04/2011
Código do texto: T2684334