LUCIANA F.

LUCIANA FIORINI

Contemplo o instante

Teu universo instante

Contemplo a imensidão na luz do teu olhar

Me disparo, me reitero

Contorno fluências para examinar

Cada instante em que estás

Teus instantes de plenitude e fulgor

Tuas pétalas, teu fragor.

Te moldo em melodia

Dou aos traços teus, plenitude de canção

Cada som de tua voz, uma nota

Cada palavra, uma sinfonia

E se isso não te bastar

Posso reinventar o tempo

Para que ele pare quando te ver passar

E se mesmo assim ele insistir em passar,

A troca do não pelo sim,

Ainda continues eterna para mim.

Posso te compor para sempre em minha memória

Gravar-te em percepção indelével

Posso te ser, me ser, nos ser

Para quando quiseres me ser

Saiba que sempre estive aí

Mesmo enquanto aqui, em meu querer

Somente pra nos querer.

Anunciarei ao mundo o que sinto

Sentirei a plenitude que o mundo desconhece

Deixarei que saibam o quanto és importante para mim

Ouvirei tua voz, teu clamor, teu sussurro

Ouvirei a voz de teu silêncio

Entenderei tuas lágrimas

Suavizarei tuas lástimas

Serei teu amigo

E serás minha canção favorita.

Quando o frio estatuário te envolver

Sussurrarei poesia em teus ouvidos

Deslocarei estrelas

Conquistarei constelações

E te presentearei com cada centelha de luz e calor

Que o universo puder me dar.

Juliano Martinz
Enviado por Juliano Martinz em 19/10/2006
Código do texto: T268467