FIM DE TARDE

Deitada na rede eu assisto a tarde morrendo.

Ouço uma música suave e num som bem baixinho.

Parece que alguém me faz um carinho.

Ninguém.

É só o vento.

Vôo com o pensamento.

Para um dia tão distante deste.

Para uma tarde em que eu ia ao teu encontro.

O dia estava morrendo.

E meu coração pulava como cavalo selvagem no peito.

No mundo eu não via defeito.

Ia te ver, ia.

Que alegria teus olhos me percorrendo.

Teu beijo, tuas palavras.

Agora o silêncio e a tarde que parece morrer comigo.

Quero de volta aquele dia.

Quero de volta a alegria.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 19/10/2006
Reeditado em 01/04/2011
Código do texto: T268591
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