Quando estás longe

Humedeço nos lábios os sonhos acordados na noite quente.

Molho-os no desejo que trago na língua de uma boca que arde sem ti

E guardo nas cartas de amor que chegam frias ao meu peito o desmaio

do pombo que voou na nossa sede que adormece com a gaiola aberta

Assim estivesse o meu corpo, meu amor

Assim estivesse o meu corpo, meu amor

aberto, cárcere de ti no curso dos voos.

Ana Mª Costa

Ana Maria Costa
Enviado por Ana Maria Costa em 20/10/2006
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