Soneto do Receptáculo do Amor
Dê-me tua morada que tanto habito
Acolha o calor que nela me deposito
Roube os poucos sentidos restantes
Colha meus sussurros mais triunfantes
Tua demora a mim me faz bem aflito
Crio mentiras e gero a loucura e conflito
Finda-se em nossos maiores rompantes
O completar de nosso corpo como antes
Perseu desposando Andrômeda, sou teu
Sou o habitante de teu ventre, fui gerado
Em eras atrás de nosso amor abastado
Um sentido que passou eras por ser alado
Que pode viver ao tempo que não esqueceu
Morando em teu ventre que sempre me acolheu.
Lord Brainron