POR TANTO AMOR

A noite emudeceu com o arrastar-se do tempo.

Vendo a saudade negra que rodeava a minha solidão,

Ansiosa, quase morta de tanto chorar sozinha, soturna.

Desce o sereno, e o frio cai dentro de mim como adagas.

Dos meus olhos rolam uma tempestade um vendaval,

Querendo explodir todo o meu coração rubro esmaecido.

Por tentar expulsar esta tristeza, de tanto e tanto

Sentir a tua falta, como se o mundo estivesse vazio.

Sinto rugidos de tigres e explosões de vulcões

Dentro do meu âmago. Uma galáxia de amor... Como conter?

Quero esganar o escuro e a solidão que me escarnece,

Mas tenho as mãos tremulam, ocupadas,

Rogando por ti ao meu lado.

Ouço o vento e é teu canto na noite, na minha mente.

Por que o teu perfume esta impregnado no meu quarto,

O teu ser envolve o meu espírito.

Mas tu es sonho, es miragem, e não me ouve.

Adormeço de exaustão, esperando-te.

Inda que venha o amanhecer me decepcionar,

Apenas deixando-me o peito salpicado de orvalho,

E uma estrela no côncavo da mão.

Salvador, verão, 2011.

Barret.