Cochilando na poesia

A poesia deitou-se no meu ombro devagar

Olhando o sol por uma brecha do teu olhar

Adormeceu quase cedo,

parecendo o sossego da noite de luar...

A poesia preguiçosa tentou escrever em prosa

Mas, logo se acomodou

Na espreita do teu sorriso,

ouviu o guizo que cedo encantou...

Depois, saltitou como criança travessa

Que mais que depressa, não vê a noite chegar

Avizinha-se da verdade

e, sem pressa, nem maldade, vai cochilar...

A poesia agora descansa no teu corpo macio

nestes dias de vazio, preenche-se do teu levitar

Acalenta a saudade

e, na madrugada, desperta para te amar...

Julia Rocha
Enviado por Julia Rocha em 10/01/2011
Reeditado em 10/01/2011
Código do texto: T2719713
Classificação de conteúdo: seguro