Poema da Desesperança

Sem palavras ando sem te ver me alcançar

Está longe de mim, está longe do mar

Mas, se tão perto assim,

No universo sempre estará?

Depois do tempo há fim?

Ou sempre eu de te esperar?

Se longe de mim

Tuas mãos não encontrarem aconchego?

Ficarei triste por mim e por ti

Mas, segurarei a minha desesperança

Assim, mentirei que tenho esperanças.

Como mentira de quem quer, mentira de criança.

Sã mente que sossega um sonhador

Que faz o coração calmo e desesperado

Sossega sem sentir a saudade

Pois, se sentisse a saudaria

Consentiria que esse coração

Chorasse lágrimas sós solidão.

Se ela soubesse como me faz bem

Com grande e gostoso é me gozo

Por tê-la querida nos braços

E, não tê-la, ao mesmo passo!

Quão gostosa e bonita nossa relação

De quem que o bem alheio mais que o próprio.