Olhos escuros

A esses olhos escuros, frestas da alma,

Dedico este corpo raso, que do espírito se afunda

E da piscina etérea mergulha no mundo, chão de quem ama,

Pra sonhar o real e desdormir o sono!

Tua mão interpela o espaço e ele lhe responde,

É como se a vontade de tudo fosse a tua ânsia

E teu gesto gerasse o nascer da força,

A identidade do novo, a fluência das coisas.

Quem move meus pés, senão os passos do destino,

Que acumula o meu futuro,

Que planeja o meu acaso

E anda o meu caminho enquanto passeio em teus atalhos!

Gabriel Calixto
Enviado por Gabriel Calixto em 24/10/2006
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