Samba pra Carolina

Um nome que fere quando é dito.

Maldito, nome que é de mulher.

Aflito, espero a volta e a ida,

Partida, minha alma sabe o que quer.

No peito mora um sentimento honroso,

Choroso, reclamo a um desconhecido.

Fendido, como no início das eras.

A fera, não se comove aos meus gemidos,

A bela, não se move ao meu apelo,

Meu zelo é esforço semovente

Quem sente pena de mim não ajuda.

E muda ela se desloca rumo ao oriente.

Eu rogo que o tal do arbítrio livre,

Um dia me livre dessa prisão.

Paixão, que me agride e me dissolve.

Equação que não se resolve,

Absorve a minha força vital.

Animal domesticado eu só obedeço,

Feneço e me rendo a este mal.

Um nome que eu louvo bebendo cana,

Maldito nome que é de mulher.

Partida, minha alma sabe o que quer,

É Ana, é Ana, é Ana, é Ana...

Um nome que fere se não é dito.

Bendito nome gravado em mim.

Eu fito seu rosto na multidão.

Serão os meus dias todos assim?

Até quando o Deus dos bêbados,

Vai permitir que eu castigue meus rins?

Até quando a rainha das flores,

Vai se deflorar noutros jardins?

Tal nome sacramenta minha loucura,

Cura e doença de uma só vez.

Eu sou quem sempre a procura,

Mas ela sempre encontra vocês.

Talvez um dia ela me descubra,

Quem sabe nunca ou na próxima semana...

Tão linda de vestimenta rubra,

Desfila no carro de outro bacana,

Um nome que eu louvo bebendo cana.

Partida minha alma sabe o que quer...

É Ana, é Ana, é Ana, é Ana...

Ai Ana, ai Ana, ai Ana, ai Ana...

Jefferson Flauzino
Enviado por Jefferson Flauzino em 14/01/2011
Código do texto: T2728383
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