SINAIS VITAIS

Salto através da janela

Em passos largos andava

Não sei em que andar me encontrava

Assaltava-me o passado,

Pensava nela.

A queda

A janela inda aberta

O céu ainda Azul

E você tão quieta

A vida tão morta

Meu sangue nada nobre

Voo até os azulejos azuis

Por sobre as faces dos desejos

Atravesso portas e janelas

Tudo é questão de sorte

O azul do céu, o vermelho da morte.

Corpo a quedar-se intocado

Os olhos, a janela ainda aberta

Voo das aves, seres alados

A salvo da morte certa

Sinal de vida no peito

Ainda sonhava, respirava:

Sinais vitais

O piso lá longe, ainda azul.

Piso de azulejos, Azul-Lejos... tan Lejos.!